Caldo de Piaba

Foi no final de 2008 que quatro amigos (Arthur Martins - Baixo, Eduardo Di Deus - Bateria, Fred Margarido - Teclado e Saulo Olímpio - Guitarra) descobrem interesses em comum pela música, o gosto pela mistura de ritmos das melodias populares e a vontade de experimentá-los na música instrumental criando releituras de clássicos e novas composições. Através dos programas cotidianos da Rádio Difusora (por muito tempo foi o único meio de comunicação do estado) que os ritmos como brega, xote, lambada e forró permearam a formação dos músicos e as influências na banda que mistura tudo com muita classe. Da mesma forma que na lambada e na guitarrada paraense a guitarra é quem conduz a melodia e se encontra com o baixo e a bateria que marcam os ritmos do reggae, rock, brega, ska, carimbó, lambada, dub, funk , jazz... a fina mistura de ritmos movimentam a pista que costuma ser formada por pessoas de diversas faixas etárias, até mesmo os mais tímidos e envergonhados acabam se rendendo ao requebrado que os ritmos pedem. É com esse pano de fundo de experimentações musicais que a banda conquista seu espaço no cenário da música acreana.

 

Em 2010, para somar na cozinha e incrementar o 'remelexo', o percussionista Gabriel Brito que já fazia algumas participações em shows entra oficialmente na banda. Em 2012 quem assume a bateria é Paulo Nobre que traz pra banda uma pegada mais groove incrementando o suingue.

 

O grupo coleciona em seu currículo apresentações em festivais e eventos de música importantes do Brasil, como: Bienal do Livro - Noite da Música Acreana (AC), Calango (MT), Conexão Vivo (MG), Festa Criolina (DF), Festejo Beradeiro (RO), Grito Rock (AC, AL, BA), Novas Fronteiras - Ocupação Funarte Sala Cássia Eller (DF), Pachamama - Cinema de Fronteira - Noite Pacha (AC), Pelas Bandas de Lá no SESC São José dos Campos (SP), Prata da Casa no SESC Pompéia (SP), Rec Beat (PE), Varadouro (AC), Virada Cultural Manaus (AM) e Virada Cultural São Paulo (SP) entre outros. O projeto 'Piaba no Kombão' - selecionado no edital da Lei Estadual de Incentivo à Cultura - AC (2009) - levou os shows da banda para coretos e praças dos municípios do interior do estado do Acre, todos a bordo de uma Kombi (piabanokombao.blogspot.com.br).Em 2010 fizeram uma turnê pelo interior dos estados de São Paulo e Minas Gerais, muito bem acompanhados pelas bandas Burro Morto, Cabrueira e Macaco Bong. Em 2014 tieveram o prazer de representar a cultura do norte do Brasil no Festival Equílibrio em Porto Maldonado, Peru.

 

A banda tem três EPs lançados, o ‘Volume Um’ (2009) que traz uma versão especial para ‘Lambada do Amapá’ do conterrâneo Jorge Cardoso e duas canções autorais, a ‘Vemska pro Papai’, que é um ska reggaeado e suingado e a ‘O fanq’, que tem menções de ‘Chank’ do Medeski, Martin & Wood e de ‘Lunar Tune’ do conterrâneo João Donato. Já no ‘Volume Dois’ a banda aprofundou nas influências caribenhas da cumbia, salsa, carimbó com ‘Moliendo Café’ que é uma ótima versão da canção do venezuelano Hugo Blanco. ‘People One’ é mais uma composição original, mas tem menção de ‘Canto de Osanha’ de Baden Powell. Este EP se completa com o surf-music X bolero, ‘Sborba’, e para finalizar o reggae meio dub, meio xote ‘Dexavi (o que pensa)’.No ‘Volume 3’, gravado ao vivo no Estúdio Oi FM durante a transmissão do programa de Max de Castro, José Flávio Jr. e Paulo Terron. Para este a banda compôs ‘Lambada Nova’ e ‘Daimagem’, mas também fez versões para canções de grande mestres da guitarrada, como Vieira e Aldo Sena, a ‘Lambada do Rei’ e a ‘Lambada Classe A’ respectivamente. Gravaram também novas versões para ‘I Want You (She’s so Heavy) dos ‘Beatles’ e ‘La Ardillita’ da banda peruana ‘Los Destellos’.

 

Tem entrevistas veiculadas em revistas e blogs especializados em crítica musical, como o blog "Eu Ovo", as revistas "Rolling Stone Brasil", "Billboard Brasil", "Bravo" e "Outra Coisa". Além de entrevistas nas TVs de alcance nacional, MTV e Play TV e jornais "Folha de São Paulo" e "Jornal do Brasil".